Informativo da Associação de Moradores e Amigos do Solar da Serra - AMASS

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Associação, representação e uma proposta ilegal

Uma questão específica apresentada na assembleia de fevereiro pelo síndico, Sr. Jorge Mattos, merece uma atenção maior. A proposta foi a de solicitar a autorização da comunidade para que fosse representada por uma certa associação de moradores da qual ele próprio é o presidente. Ele declarou que essa associação já estava criada há muito tempo e que era necessário que fôssemos representados por ela diante dos órgãos públicos, sob a alegação de que não somos legalmente reconhecidos como um condomínio.

Ora, temos todos os ônus de um condomínio, como o custeio integral de nossa infra-estrutura; o pagamento para a CEB do consumo de nossas áreas comuns (a iluminação dos postes); as taxas ordinárias de manutenção; funcionários legalmente registrados; entre outros. O GDF tem reconhecido nossa condição, embora haja do ponto de vista jurídico um problema formal, pois como não temos a propriedade definitiva de nossas frações, não poderíamos constituir o condomínio. O que o síndico não disse, e precisamos por isso avisar a assembleia, é que há farta jurisprudência do Tribunal de Justiça reconhecendo a legitimidade dos condomínios informais do DF para atuarem em juízo, ou seja, reconhecendo nossa condição de fato.

Mas isso ainda não é tudo. A proposta era simplesmente ilegal, fato que foi publicamente reconhecido pelo advogado do próprio condomínio presente à assembleia. Ele usou um eufemismo quando indagado sobre a validade da proposta, respondendo que ela era anulável, mas não teve como não reconhecer que, portanto, poderia ser anulada na Justiça.

A proposta, que foi rejeitada, era ilegal porque não obedece o que manda o Código Civil e a própria Constituição a respeito. Não se pode autorizar representação, por uma associação, de pessoas que não são legalmente filiadas a ela, ou seja, que não tiveram o registradas as suas filiações em cartório e, portanto, não podem deliberar nada a respeito de suas atividades. Essa é a nossa condição de condôminos em relação à entidade presidida pelo síndico. Não teria nenhuma validade nossa aprovação a que essa entidade nos representasse perante qualquer órgão público.

Além disso, a Constituição fala que é livre o direito de associação pacífica sem fins lucrativos, mas, ao mesmo tempo, diz que ninguém é obrigado a se associar ou a se manter associado. Foi com esse cuidado que fundamos a AMASS (associação de moradores e amigos do solar da serra). Nunca tivemos a pretensão de representar todos os condôminos, mas sim desenvolver um trabalho voluntário dedicado a preservação do Solar da Serra e de seus recursos naturais, como forma de valorizar nossos interesses pessoais e comunitários. Todos os moradores e proprietários do Solar, que desejarem, têm, pelo nosso estatuto, a liberdade de se apresentar para integrar nosso quadro de associados, basta comprovar residência ou posse do lote no condomínio, e não há cobrança de taxas. Aceitamos também amigos do Solar, indicados por moradores. Mas, legalmente, representamos apenas nossos associados.

Mais uma vez a assembleia mostrou que está atenta ao rejeitar essa proposta de representação que não tinha sustentação ou amparo legal.

Um comentário:

Unknown disse...

disse...

Mais uma vez a Assembléia foi bagunçada e sem nenhum critério de organização. O que é importante fica para Assuntos Gerais, quando as pessoas já se dispersaram ou foram embora...um serviço de eletrificação no valor de 370 mil reais foi tratado como assunto banal sem questionarem se deveria ser votado ou não. Como se 370 mil reais fosse uma quantia irrisória diante do milhão que o condomínio tem em caixa. Realmente me assustei com o modo que tratam assuntos importantes neste condomínio. Nunca vi tamanha bagunça ao se tratar de assuntos tão sérios que dizem respeito à qualidade de vida e ao "bolso" de todos. Igualmente espantada com a falta de seriedade com relação aos assuntos ambientais. Antena de celular é coisa séria e deve ser tratada como tal. Espero sinceramente que os novos moradores e proprietários estejam sempre mais presentes nas assembléias onde podemos questionar, cobrar e exigir dos administradores mais respeito às opiniões da maioria. Bom, ao menos tenho notado uma quantidade cada vez maior de gente nova e esclarecida mudando para o Solar o que aumentam minhas esperanças. Liliane Barki

21 de Fevereiro de 2009 13:05

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