Informativo da Associação de Moradores e Amigos do Solar da Serra - AMASS

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Incêndio no Solar da Serra

Infelizmente ocorreu um novo incêndio florestal no Condomínio Solar da Serra. Dessa vez, o fogo devastou a metade do Solar III que fica à direita da via principal, logo a partir da Portaria. O fogo teria começado pouco antes da hora do almoço do domingo, dia 16 de agosto. Os bombeiros foram acionados, mas o controle das chamas inicialmente ficou por conta de moradores e de alguns funcionários do Condomínio.

A atitude corajosa dos moradores quase termina em tragédia, como se vê nessa foto da Sra. Marília, que foi tirada pelo seu filho logo após socorrê-la. Guilherme, filho da dona Marília, nos disse que ela autorizou que fosse mencionada, bem como que fossem divulgadas suas imagens. Segundo eles disseram a outro morador, Jorge Guedes, ao tentar apagar parte do fogo que invadia seu terreno, D. Marília escorregou num barranco e não conseguia sair sozinha, sendo arrastada pelo filho que estava próximo enquanto labaredas alcançavam seu braço... O rapaz também teve leves queimaduras, arranhões, etc.

É possível apontar responsabilidades por mais esse dano ambiental e social que sofre nossa região. Todos sabemos que o período de seca é perigoso, e que devemos redobrar cuidados com nosso fogo doméstico. "Limpar o lote" com fogo então nem deveria ser cogitado por quem mora e/ou trabalha numa região que ainda preserva sua cobertura original de cerrado. Esse nosso grande patrimônio deve ser tratado com mais responsabilidade. Primeiramente por quem vive ou trabalha no Solar da Serra. Há leis civis em vigor que exigem respeito e responsabilidade para o convívio social, especialmente quando este se dá em condomínio, situação em que crescem as responsabilidades individuais pelo simples fato de que compartilhamos uma propriedade comum. Esse fato lamentável ocorrido no domingo faz crescer também a urgência de conseguirmos atualizar nossas regras internas, a Convenção e, principalmente, o Regimento Interno, com um capítulo interiramente dedicado ao código de posturas e de condutas.

Mas acho ainda que cabe ao Condomínio não aguardar novas ocorrências, ou apenas lamentar a falta de regulamentos internos, mas sim tomar providências junto à corporação dos bombeiros para verificar tecnicamente por meio de perícia a causa do incêndio. Fica, a propósito, registrado o agradecimento aos bombeiros que trabalharam bastante para conter os focos, evitando que o fogo consumisse área ainda maior. Quem desejar pode pedir a apuração das responsabilidades ao síndico do Condomínio, Sr. Jorge Matos, que a pessoa que nos representa legalmente perante as autoridades públicas. Isso deve ser feito por escrito no livro de ocorrências que fica na Portaria ou no Clube. Na condição de morador, condômino e integrante do Conselho Fiscal já solicitei do Sr. Jorge Matos alguns esclarecimentos, certo de que os terei em breve. Que o fato sirva pelo menos para que comecemos a tomar medidas concretas e preventivas em relação aos danos ambientais e também sociais decorrentes de nossa ocupação cada vez mais acelerada do Solar da Serra.

3 comentários:

Marco Carvalho disse...

Pois é Mauro, nunca é demais falar sobre isso. Todos sabemos que pode haver fogo expontâneo, mas a maior parte desses incêndios são "botados". E os filhos feios nunca têm pai! Algumas vezes são acidentais mesmo - a pessoa não sabe que é difícil controlar um foguinho. Mas muitas vezes são propositais, infelizmente.

A outra questão é relativa ao combate. Para combater o fogo é necessário treinamento e forma física boa. É muito perigoso isso. A formação permanente, através de uma brigada de incêndio é, na verdade, uma necessidade prá nós, que *moramos* no cerrado. E nesta época do ano o cerrado é muito vulnerável. Proteja-nos Deus, mas principalmente, protejamo-nos. Já deixei minha mensagem para o Jorge Mattos no livro de ocorrências.

Pablo Galeão disse...

Eu já combati fogo no cerrado, e é muito exaustivo e perigoso. O vento pode mudar de direção e te encobrir com uma forte nuvem de fumaça, deixando seus olhos inflamados. Sem ver e sentindo muito calor, começa uma perigosa fuga pelo mato, junto com todos os animais que possam estar fugindo também, entre eles cobras, ratos e enxames de insetos.
Também desconfio que possa ter sido "botado", mas também sempre desconfio muito de fumantes porcalhões, que acabam dispensando suas guimbas pelo caminho.
Quanto ao fogo, é recomendável que todos procurem fazer o acero em torno de seus lotes. Isso evitará muita dor de cabeça caso o fogo fique muito próximo de residências, sem que o dono esteja por perto.
Até pouco tempo atrás era obrigação do condominio fazer o acero. Sabe como anda essa questão, Mauro?

Mauro Noleto disse...

Marco e Pablo,

Concordo com tudo. Recebi do Jorge Matos a cópia de uma correspondência aos bombeiros em que ele comunica o fato e pede perícia. É preciso reconhecer, porém, que a falta de uma regulação básica das condutas aqui no Solar inibe senão impede a ação punitiva do síndico numa situação como essa. A punição administrativa pode ser uma majoração da taxa condominial para ser investida em reflorestamento, por exemplo. Se isso estivesse bem escrito, com razoabilidade, sem pretensões invasivas, o síndico poderia exercer uma ação punitiva.

Mas, concordo também que melhor seria agir preventivamente, com o treinamento de funcionários para a formação de uma brigada de incêndio emergencial, que evitasse até ou socorrese os heroísmos.

Quanto ao acero, não sei Pablo se era obrigação legal do condomínio, mas poderia ser uma obrigação de nossa Convenção, como a prestação de um serviço ambiental, seria muito bom, né não?

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